domingo, 21 de junho de 2009

Ah se essa rua fosse minha...

Se essa rua fosse minha…
Eu pedia proteção.
Pra liberdade que eu tinha
Mas pra qual Deus, não tenho noção

As crianças de rua,
da bola se esqueceu
E a boneca de pano de outrora
Nas fantasias envelheceu,

Se essa rua fosse minha, ah se fosse minha…
Eu podia construir,
Cidades, praças, a casa que aninha
Longe do avião que insiste em destruir

Essa rua é minha
Eu posso escolher
Mas entre o leão e o dragão
Qual cruel opção?

A minha rua tem escola,
Têm prédios em construção,
Tem solidariedade e gentileza
E consciência de cidadão

Pensei que a rua fosse minha
Que deplorável ilusão
A rua é de quem paga
O mais alto tostão!

Quero essa rua pra mim
O que precisa se fazer?
Acabar com curumins
E comprar pra se vender?

Se essa rua fosse minha
Ela não seria só minha
Seria de todo mundo
Que compartilha das dores ao fundo

Qual planalto, qual poder
Quer fazer da minha rua
Longe do meu querer
Seu desejos satisfeitos
os meus sonhos, esses, completamente desfeitos.

Mas essa rua vai ser minha
Porque aqui habita esperança
E os sonhos que eu tinha
Ainda são sonhos de criança.


(Anna Corbo)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Onde vai chegar assim?

Na era do digital, não há uma só pessoa que não concorde com o número de benefícios trazidos pela tecnologia, e, conseqüentemente seu nível de afastamento na relações pessoais.
Internet, televisão, rádio, cinema, telefone...facilitam, e muito, nossas vidas, mas se pensarmos neles como meios de comunicação social, chegamos a conclusão que esse pode ser o começo de uma "sociedade solitária".
Vivemos conectados, recebemos notícias do outro lado do mundo em um minuto, pagamos contas sem sair de casa e disponibilizamos o 'delivery' discando alguns números. Antes, nos deslumbrávamos com a facilidade, hoje somos adeptos à comodiade.
Comodidade essa que nos aproxima da informação e, talvez nos afaste da emoção. Estamos deixando para trás as relações físicas, as pessoas, e trazendo para cada vez mais perto as máquinas. MAS ATÉ QUE PONTO ELAS PODEM NOS SUBSTITUIR?